Durante a Expo Turismo São Paulo, evento dedicado ao trade turístico realizado no mês de julho, uma das palestras mais destacadas foi a do ex-Secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann. Ele fez uma proposta ousada: transformar o Aeroporto de São José dos Campos, atualmente administrado pela SJK Airport, no principal aeroporto lowcost do Brasil e uma solução para o congestionamento do tráfego aéreo em São Paulo.
“Os aeroportos de São Paulo, que incluem Guarulhos, Congonhas e Campinas, representam aproximadamente 35% a 40% do tráfego aéreo do país. Sabendo disso, entendemos que muitas vezes, devido aos voos nacionais e internacionais que operam, esses aeroportos ficam sobrecarregados. Além disso, eles estão distantes de destinos turísticos populares do estado, como Campos do Jordão e Ubatuba. Destacar o Aeroporto de São José dos Campos pode não apenas encurtar essas distâncias, mas também aliviar os voos nacionais, abrindo espaço para mais voos internacionais”, afirma Glanzmann.
Diante dessa proposta, Ruy Amparo, diretor de Segurança e Operações de Voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), comentou que “alguns destinos têm uma vocação natural para o turismo, enquanto outros requerem um esforço adicional de divulgação e promoção”.
Glanzmann também observou que o aeroporto é uma oportunidade para atrair mais companhias aéreas de baixo custo, tornando as viagens aéreas mais acessíveis. “Os viajantes da classe A continuarão a voar mesmo se as passagens estiverem caras; os da classe B podem optar por meios alternativos; e aqueles das classes B- e além provavelmente não viajarão de avião. Portanto, ao desenvolver esse conceito, podemos ganhar mais espaço no mercado”, concluiu.