Realizada na noite de quarta-feira (3) na Câmara Municipal de Campos do Jordão, a audiência pública para discutir o projeto de lei 04/2016 de autoria do Vereador Luciano Honório e que em síntese, proíbe a circulação de charretes em vias da área urbana de Campos do Jordão, contou com a presença de 233 pessoas , segundo a assessoria de imprensa da Câmara.

Contra ou a favor do projeto, todos que se inscreveram puderam expressar suas posições em defesa dos animais. “Todos aqui gostam dos animais, seja contra ou a favor do projeto.” era a frase corrente antes, durante e depois da audiência.
Entre os defensores do projeto destacaram-se os argumentos relacionados a maus tratos e a exploração dos animais. Já entre os contrários os argumentos principais foram questões culturais e impactos sociais.
À reportagem do Guiacampos.com, o Presidente da Câmara dos Vereadores Felipe Cintra disse: “tentei conduzir da forma mais democrática possível, os 2 lados tiveram oportunidade de fazer suas colocações e foi uma ótima oportunidade de debate.” Filipe ainda declarou sua posição contrária ao projeto nos moldes propostos “nos moldes atuais eu sou contra o projeto, mas se emendas forem feitas essa posição pode mudar.”
A força de mobilização das redes sociais
Para o vereador Luciano Honório, autor do projeto, a audiência por si só já prova a força que as redes sociais tem junto a questões populares e políticas “A audiência mostrou que as mídias sociais funcionam” disse. E falou ainda “A sociedade organizada, com causas definidas, tem condições de discutir e propor soluções.” e completando “A audiência mostra ainda a proximidade da população com a atual legislatura”.
Luciano diz estar convicto de que terá sucesso “tenho convicção de que seremos vitoriosos nessa luta”.
Um vídeo, uma polêmica
Boa parte da audiência foi dedica a críticas, especialmente por parte dos favoráveis ao projeto, a um vídeo postado pelo Vereador Ricardo Castelfranchi em uma rede social. O vídeo que exibe o vereador puxando sozinho uma charrete em que quatro homens vão embarcando um a um, foi considerado deboche pelos ativistas, que reclamaram. Outros vereadores presentes na audiência também se manifestaram negativamente quanto a atitude de Castelfranchi que por várias vezes pediu, e teve concedido, direito de resposta.
Segundo Castelfranchi, o vídeo que na noite dessa quarta-feira já contava com mais de 6 mil visualizações, foi uma resposta a “imagens mentirosas” utilizadas pelos ativistas e uma prova de que uma charrete não é tão pesada assim.
Laia abaixo, na íntegra, nota enviada e assinada por Castelfranchi ao Guiacampos.com
Tomada por pessoas radicalmente contra as charretes em Campos do Jordão, a Audiência na Câmara Municipal transcorreu em clima de balburdia, prejudicando o progresso da reunião.
A cena era a seguinte: os ativistas de um lado gritando frenéticamente por várias vezes, até me impedindo de falar. Do outro lado os cavaleiros que mais uma vez deram um exemplo de educação e civilidade, mas diante de tanta agressão, na minha opinião, ficaram acuados por tanta falta de educação. Eles não estão acostumados com esse tipo de baixaria não!
Porém o assunto da Audiência foi o vereador Ricardo Castelfranchi, e o filme que aparece puxando uma charrete com 4 pessoas dentro.
Fiz e faria tudo de novo, pois atingi meu objetivo. 3 em cada 4 oradores se preocuparam mais em me atacar do que realmente querer resolver o problema, que eles tanto criticam. Isso demonstra primeiro sua fraqueza e segundo que o videozinho que produzi em 10 minutos surtiu efeito.
Agora o projeto do vereador Luciano Onório está nas mãos dos 13 vereadores que decidirão se aprovam ou não, em uma próxima sessão.
Aliás o vereador Luciano criticou duramente a minha atuação no meu filminho de 10 minutos dizendo que desrespeitei a Câmara e a população, talvez querendo até me censurar.
Mas o que ele se esqueceu foi do vídeo que também fiz dele, caindo de cima de um cavalo, tão bêbado ele estava. Isso sim pode-se chamar de desrespeito à Casa. E ainda se diz defensor dos cavalos. Bêbado daquele jeito ele não entrava no CTE não! A regra lá é clara.Ricardo Castelfranchi – Vereador