Balconista é agredida em loja de Campos do Jordão – Câmeras de segurança gravaram agressão

Por: Claudio Borges

Violência contra mulher é crime e violação aos direitos humanos

A jovem Jéssica Carolina Narcizo, balconista de uma loja no bairro Capivari, centro turístico de Campos do Jordão, foi agredida por um rapaz que segundo ela é fornecedor de produtos para a loja na qual trabalha.

A agressão teria acontecido no dia 12 de julho último, quando segundo Jessica, o homem chegou ao local para receber um valor pela venda de produtos e, após receber uma ligação, irritou-se e muito nervoso começou a discutir com a mesma e saiu do estabelecimento esquecendo seus óculos no local. Minutos depois, por volta das duas da tarde, o fornecedor retornou a loja, e observando que seus óculos estavam nas mãos da balconista ficou descontrolado e começou a xingá-la e agredi-la com tapas e empurrões. Ao perceber o que acontecia , populares que passavam pelo local contiveram o agressor.

Repercussão nas redes sociais

A discussão e posterior agressão foi gravada por uma câmera de segurança do estabelecimento, e o video foi postada por Jéssica, em seu perfil rede social Facebook.

As imagens chocaram os internautas, que sensibilizados iniciaram uma avalanche de reações e compartilhamentos em forma de protesto contra a atitude do fornecedor.

Após a agressão a balconista se deslocou para a Delegacia de Polícia que fica no mesmo bairro e registrou Boletim de Ocorrência. Ao chegar ao local, a vitima foi informada que o homem que aparece nas imagens, também havia estado na delegacia e teria registrado um outro BO contra ela.

A Policia Civil investiga o caso.

Dados nacionais sobre violência contra as mulheres – (compromissoeatitude.com.br)

Apesar de ser um crime e grave violação de direitos humanos, a violência contra as mulheres segue vitimando milhares de brasileiras reiteradamente: 38,72% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 33,86%, a agressão é semanal. Esses dados foram divulgados no Balanço dos atendimentos realizados de janeiro a outubro de 2015 pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).

180

Dos relatos de violência registrados na Central de Atendimento nos dez primeiros meses de 2015, 85,85% corresponderam a situações de violência doméstica e familiar contra as mulheres.

Em 67,36% dos relatos, as violências foram cometidas por homens com quem as vítimas tinham ou já tiveram algum vínculo afetivo: companheiros, cônjuges, namorados ou amantes, ex-companheiros, ex-cônjuges, ex-namorados ou ex-amantes das vítimas. Já em cerca de 27% dos casos, o agressor era um familiar, amigo, vizinho ou conhecido.

Em relação ao momento em que a violência começou dentro do relacionamento, os atendimentos de 2014 revelaram que os episódios de violência acontecem desde o início da relação (13,68%) ou de um até cinco anos (30,45%).

Nos dez primeiros meses de 2015, do total de 63.090 denúncias de violência contra a mulher, 31.432 corresponderam a denúncias de violência física (49,82%), 19.182 de violência psicológica (30,40%), 4.627 de violência moral (7,33%), 1.382 de violência patrimonial (2,19%), 3.064 de violência sexual (4,86%), 3.071 de cárcere privado (1,76%) e 332 envolvendo tráfico (0,53%).Os atendimentos registrados pelo Ligue 180 revelaram que 77,83% das vítimas possuem filhos (as) e que 80,42% desses (as) filhos(as) presenciaram ou sofreram a violência.

Dos atendimentos registrados em 2014, 77,83% das vítimas tinham filhos, sendo que 80,42% presenciaram ou sofreram a violência juntamente com as mães. Saiba mais.

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