Na foto, Ariane Quintanilha Souza Santos, Orientadora Disciplinar, que com simpatia e atenção recebe os frequentadores da “Biblioteca Lenyra Camargo Fraccaroli” da Escola Municipal Irene Lopes Sodré
Um bom começo
“A Biblioteca é o coração da escola”, disse Izídia Gonçalves Reis, Diretora da Escola Municipal Irene Lopes Sodré, enquanto percorríamos o caminho que nos levava do saguão de entrada à Biblioteca. A frase, que soa como música nos ouvidos de qualquer amigo da leitura, deu o tom para conhecermos esta escola viva e impregnada de história. A origem desta unidade de ensino está ligada à educação das crianças do Preventório Santa Clara, percorrendo um extenso caminho até chegar, na década de 1980, ao prédio e ao endereço atuais na região de Jaguaribe.

A sua “Biblioteca Lenyra Camargo Fraccaroli” também tem uma bela história para contar, que começa a partir do nome. Afinal, quem foi esta mulher, homenageada pela Biblioteca da escola, que aos 80 anos esteve presente no dia da inauguração e cujo retrato pode ser visto ainda hoje no local?
Lenyra Camargo Fraccaroli foi o que seria hoje uma espécie de produtora de cultura, uma “agitadora” no melhor sentido da palavra, empenhada em fazer com que a leitura começasse desde cedo a fazer parte da vida das pessoas. Pelas mãos de ninguém menos que Mário de Andrade ela criou a primeira biblioteca infantil do Brasil e durante anos de intensa atividade multiplicou bibliotecas por onde passava.
Em Campos do Jordão, Lenyra Camargo Fraccaroli foi membro efetivo da Academia de Letras e foi a fundadora do nosso primeiro espaço de leitura dedicado às crianças, a Biblioteca Infantil Guilherme Monteiro Lobato, criada em 1983, numa inovadora parceria da Academia de Letras com a Prefeitura. Felizes são os alunos da Escola Irene Lopes Sodré que podem hoje frequentar a biblioteca da escola para ler, tendo como inspiração a energia empreendedora de Lenyra.

Sentados, da esquerda para a direita, Maynard Góes, Lenyra Camargo Fraccaroli, Henrique L. Alves (Acadêmico), Celina Câmara e alguns professores e convidados não identificados; ao fundo, Vera Villas Boas.

Sentados, da esquerda para a direita, Maynard Góes, Lenyra Camargo Fraccaroli, Prof. Antônio D’Ávila e professores e convidados não identificados; ao lado dos alunos, em pé, a Profa. Cidinha Ramiro, diretora da escola na ocasião e criadora da Biblioteca.
A “Biblioteca Lenyra Camargo Fraccaroli” ocupa uma grande sala da escola e é bastante procurada pelos alunos, cerca de 400 por mês. Ariane Quintanilha Souza Santos, Orientadora Disciplinar, informa que hoje o acervo é composto por mais de 4.000 livros, quase 9.000 se levarmos em conta os paradidáticos. A coleção é bastante variada e permite uma boa caminhada entre as muitas estantes e os displays com títulos em destaque. Atualmente, os livros mais procurados para serem lidos em casa são os de suspense e terror. Muito bem, boa decisão, a leitura tem de ser uma atividade que nos dá prazer, e esta é uma escolha totalmente afinada com a faixa etária dos alunos de 6º ao 9º ano desta escola.
O uso da Biblioteca é constantemente estimulado por vários professores através de diferentes programas como, por exemplo, os Cafés Literários. Há também uma simpática premiação para os alunos que mais leem e os que mais levam livros emprestados para casa.

A Biblioteca tem uma televisão para a exibição de filmes e os computadores estão à disposição dos alunos numa sala ao lado, no Laboratório de Informática da escola. Alessandro Tavares da Silva, Monitor de Informática, conta que cerca de 200 alunos utilizam o Laboratório todos os meses. A dupla formada por leitura e tecnologia, somada a programas de convivência e atividades culturais, é atualmente indispensável em toda boa biblioteca para a formação de cidadãos mais preparados.
A renovação do acervo de livros desta Biblioteca depende principalmente de um programa do governo federal, que normalmente encaminha 20 volumes por semestre. Infelizmente, até o momento, este ano a escola não recebeu nenhuma publicação nova, o que é fundamental para manter vivo o interesse dos leitores. Se você estudou na escola Irene Lopes Sodré, que tal retribuir doando um livro novo para a Biblioteca? E se você não estudou lá, mas consegue ler estas linhas, pode entender qual foi o papel da educação na sua vida; pense em quem ainda está em formação, escolha um livro novo e doe. Lenyra Camargo Fraccaroli certamente reconhecerá e agradecerá o seu gesto.
Biblioteca “Lenyra Camargo Fraccarolli” – EM Irene Lopes Sodré
Rua Dr. Luiz Carlos Pinotti, 300 – N. Sra. de Fátima / Jaguaribe
Horário de funcionamento: 2ª a 6ª feira, das 7:30 às 16:30h
Um agradecimento especial a Vera Villas Boas pela cessão das fotos de inauguração da Biblioteca e pelas belas informações e histórias referentes a esse período.
Leia também: Luzes, câmera… livros! – A Biblioteca de Cinema de Campos do Jordão
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