Campos do Jordão é realmente uma cidade privilegiada.
Por aqui já passaram escritores, poetas, músicos, intelectuais, presidentes, governadores, embaixadores, políticos de renome ou nem tanto, grandes industriais, gente rica e gente humilde.
Uns aqui fixaram residência, outros viveram apenas alguns momentos.
É o caso de um dos grandes sapateadores, musico e cantor e do Brasil Bob Lester, que aos 102 anos veio a falecer na madrugada de sexta feira, dia 6 de novembro no Rio de Janeiro.
Edgar de Almeida Negrão de Lima, gaucho, nasceu na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Adotara o nome artístico de Bob Lester, se imortalizou com dançarino e sapateador e teve os seus momentos de maior glória nas décadas de 1930 e 1940, quando teve a oportunidade de dançar com Frank Sinatra e Bob Hope, além de, ao participar da segunda constituição da Banda da Lua, acompanhava a famosa cantora e atriz Carmen Miranda, em suas apresentações nos Estados Unidos.
Mas, nós aqui de Campos do Jordão também tivermos sua visita e algumas apresentações.
José Gonçalves colunista desse site, assim se manifestou quanto a pessoa de Bob Lester: “Um cidadão simpático, conversador e apesar de toda a fama vivida era acima de tudo uma pessoa humilde.
Há vários anos atrás, tive a oportunidade de com ele me encontrar, procurando que estava por um local para se hospedar, pois, como muitas vezes ocorre com vários artistas em final de carreira, vivia pobre e sem destino certo, segundo na época ele mesmo me confidenciou. Ficou hospedado por algumas horas em nossa casa e providenciamos uma acomodação na sede do Grupo de Escoteiros Jaguara, no Parque dos Cedros, onde ele pode passar a noite. Nessa ocasião chegamos a apresentá-lo ao grande seresteiro, o saudoso Daniel Correa Cintra, que o recebeu em sua casa comercial, o famoso “Senadinho” e assim ele teve a oportunidade de conviver com amantes da música e seresta das noites jordanenses e viveram momentos de grande alegria e descontração fazendo algumas apresentações. Simpático, conversador, homem voltado para a música brasileira, deixa saudades.”