O Cineclube Araucária promove em Campos do Jordão durante o feriado prolongado de Tiradentes a mostra “Panorama do Cinema Indiano” integrando a programação do projeto Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão.
As produções que compõem a mostra “Panorama do Cinema Indiano” são: Black (de Sanjay Leela Bhansali), 3 Idiotas (de Rajkumar Hirani), O Motim (de Ketan Mehta) e Lunchbox (de Ritesh Batra).

Para a garotada, tem matinê no domingo (24), às 15h que exibirá A Lady e o Lobo (de Anthony Bell e Bem Gluck).
O projeto Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão acontece com o apoio do ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) e parcerias com a Secretaria Municipal de Cultura e AMECampos (Associação dos Amigos de Campos do Jordão). Iniciado em fevereiro, prevê, até novembro, a realização de 20 mostras de cinema. Além das tradicionais mostras temáticas, a cada mês um país terá a sua filmografia exibida para o público jordanense, entre eles: Turquia, Brasil, Argentina, França, Canadá, China, continente africano e os já contemplados: Polônia, Irã e Índia.
A programação de 2016 inclui também uma série de Palestras e Seminários, visando à formação profissional de novos cineastas, com produção de curtas-metragens que serão o foco da segunda edição do Festival Curta Campos do Jordão, previsto para ocorrer em dezembro no antigo Cine Glória (atual Espaço Cultural Dr. Além). Outros destaques são a realização do 6º Encontro Cinemúsica de Campos do Jordão e da exposição Cinema Ilustrado: A Oitava Arte, ambos em julho, na sede da AMECampos.
O Cinema Indiano
O cinema indiano já tem mais espectadores que Hollywood. Seus atores não são ídolos só na Ásia, mas também na Europa, na África e até nos Estados Unidos. Bem-vindo à indústria cinematográfica que mais cresce no mundo. O cinema tem um papel forte na cultura indiana, desde a década de 1940, época em que o país se tornava independente da Inglaterra, e a telona ajudou a criar uma identidade nacional em um país cheio de culturas e religiões diferentes. Trinta anos depois, o cinema mostrou a insatisfação da população com o governo corrupto com filmes que exaltavam a violência e o crime, nos anos 70. Mas o boom começou mesmo na década de 90, quando veio a liberalização econômica e o país começou a crescer. A classe média emergiu com novos hábitos de consumo e valores. E o conflito de gerações foi inevitável. Não demorou para o cinema reproduzir esse dilema e criar uma nova fórmula de sucesso: os filmes de jovens lindos e ricos que se dividem entre o desejo individual e o casamento arranjado pela família. Funcionou. Hoje a Índia produz 1000 filmes por ano, em 20 das 22 línguas faladas no país (inglês incluído), contra 650 dos EUA. Em 2004, o número de espectadores de filmes de Bollywood alcançou 3,8 bilhões, ultrapassando pela primeira vez o público de Hollywood, formado por 3,6 bilhões de pessoas. O cinema indiano tornava-se o único Davi capaz de rivalizar com o Golias americano.
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