Desta vez, quatro pessoas, sendo três crianças, morreram após toneladas de terra deslizarem sobre suas casas.
Pessoas simples que moravam nas encostas, vítimas do déficit habitacional que assola a principal estância de inverno do país. Campos do Jordão paga, hoje, o preço da sua fama.
A explosão turística nas décadas de 1970 e 1980 atraiu milhares de famílias em busca de emprego. Tanto assédio fez a cidade crescer desordenadamente nas barbas das autoridades, que em vez de apresentarem um planejamento foram coniventes com as ocupações de áreas verdes.
40 anos depois, Campos do Jordão conta com um moderno sistema de monitoramento das áreas de risco, que falhou. Chovia na cidade há pelo menos uma semana e ninguém percebeu o encharcamento do solo a tempo de retirar as famílias de suas casas destruídas pela avalanche de Lama.
O prefeito, Fred Guidoni, decretou três dias de luto oficial na cidade. Tomara que a ação do poder público não fique apenas na homenagem aos mortos e seus familiares.
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