O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Brasil, que diariamente oferece refeições a mais de 40 milhões de estudantes, será uma das principais iniciativas brasileiras a serem compartilhadas na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Aliança foi proposta pelo Brasil no G20 e aprovada por unanimidade durante o encontro dos ministros realizado no Rio de Janeiro no último dia 24.
Uma Estratégia de Sucesso
O PNAE é reconhecido como um dos maiores programas de alimentação escolar do mundo e suas estratégias e práticas serão disseminadas entre governos, organizações internacionais, instituições de conhecimento, fundos de desenvolvimento e entidades filantrópicas. O Ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a importância do programa no combate à insegurança alimentar, ressaltando que, para muitas crianças, a refeição escolar é a única do dia. “Precisamos manter a indignação frente à fome em um país com as dimensões do Brasil”, afirmou o ministro, enfatizando o desejo do Brasil de colaborar globalmente na erradicação da fome.
Além do PNAE, a aliança incluirá outras experiências brasileiras de sucesso, como programas de transferência de renda, cadastramento de famílias vulneráveis, apoio à primeira infância e iniciativas de agricultura familiar. O Brasil já apoiou cerca de 80 países na criação de seus programas de alimentação escolar e, desde 2023, co-preside a Coalizão Global pela Alimentação Escolar ao lado de França e Finlândia.
Um Compromisso Global
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tem como meta erradicar a fome e a pobreza mundial até 2030. A aliança está aberta a todos os países interessados, não apenas aos membros do G20. O presidente Lula destacou a importância da decisão política no combate à fome e a utilidade do compartilhamento de políticas públicas eficazes. Saulo Ceolin, coordenador da aliança, informou que as equipes estão elaborando um conjunto de políticas públicas comprovadas para a cesta da aliança, com a alimentação escolar como um dos componentes principais.
Com a inclusão de programas como o PNAE na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o Brasil reforça seu compromisso com a erradicação da fome, não apenas dentro de suas fronteiras, mas globalmente. A troca de experiências e a colaboração internacional são vistas como caminhos essenciais para alcançar a meta de erradicar a fome e a pobreza até 2030.
A decisão unânime do encontro dos ministros no Rio de Janeiro sinaliza um passo significativo nessa direção, colocando o Brasil em uma posição de liderança na luta contra a fome e a insegurança alimentar em todo o mundo.
