O Programa WASH – Workshop Aficionados em Software e Hardware, trata-se de uma atividade educacional, no âmbito da escola básica, de promoção do “Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics” (STEAM)
Em Março, os alunos dos 6ºs e 7ºs anos, da Rede Municipal de Ensino de Campos do Jordão começarão a participar das oficinas do Programa WASH (Workshop Aficionados em Software e Hardware). A ação vai impactar cerca de 1.400 alunos, nas seis escolas de Ensino Fundamental II.
No primeiro semestre, participarão do programa os alunos das escolas municipais Irene Lopes Sodré, Tancredo Neves e Anísio Teixeira. No segundo semestre, entram no projeto os alunos das escolas Nicola Padula, Laurinda da Matta e Lucilla Florence Cerqueira
Serão oferecidas oficinas de três horas de duração, onde os alunos desenvolverão, entre outras experiências científicas, jogos de simulação de risco de desastres naturais, aprendendo a programar e dando uma utilidade prática para a ação.
“O projeto WASH é mais uma ação que desenvolvemos na melhoria das oportunidades junto a educação em Campos do Jordão. De ponta a ponta, alunos e professores são treinados, capacitados e desenvolvidos para atuar no campo da tecnologia. Este é o caminho que certifica a qualidade das ações educacionais”, afirma a Secretária de Educação Marta Esteves.
Oficinas para educadores
Desde dezembro do ano passado, vem acontecendo oficinas para preparar os educadores e técnicos das secretarias envolvidas. No dia 29, seis Professores do Fundamental II, técnicos do CEMADEM Educação, Equipes da Secretarias de Defesa do Cidadão e Educação se reuniram na sede do CEMADEM Educação, no Parque Tecnológico em São José dos Campos.
Na próxima semana, nova oficina acontecerá na cidade. O Programa WASH tem como instituição promotora o IFSP-CJO e como instituição executora a Prefeitura de Campos do Jordão.
“Com o apoio do MCTIC/CEMADEN Educação pretendemos fazer ainda mais parte da história e da vida dos jordanenses, ao contribuirmos na redução dos Riscos de Desastres Naturais e elevar o Capital Social do cidadão de Campos do Jordão.”, disse o professor do IFSP-CJO Luiz Oran que coordenará o projeto.
O Instituto Federal de Campos do Jordão já abriu bolsas de iniciação científica para os alunos do ensino médio e superior da instituição, que irão atuar como monitores do projeto, trabalhando com os alunos da rede municipal.
Campos do Jordão será o maior projeto do Brasil
Para trazer o programa na cidade, o Prefeito Fred Guidoni foi até Brasília no final do ano passado e conseguiu com o Deputado Eduardo Cury, a liberação de R$ 340 mil para as bolsas do Instituto Federal de Campos do Jordão. O valor da liberação torna o projeto de Campos do Jordão o maior no país, numa única localidade.
Para efeito de comparação a verba destinada à cidade é maior que a de muitos estados e a maior já contemplada para um único núcleo.
“Nós queremos universalizar o acesso para todos os alunos da rede pública e não escolher uma, ou outra escola. Todos têm o mesmo direito. Estamos preparando os nossos jovens para um futuro que passa pelas novas ferramentas tecnológicas. Com isso também valorizamos o Instituto Federal e iniciamos a formação de um núcleo diferenciado em tecnologia”, afirma o prefeito Fred Guidoni.
O projeto em Campos do Jordão também tem parceria do CEMADEM – Educação (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) no desenvolvimento de um aplicativo de monitoração de riscos.
“A nossa estreita parceria com o CEMADEM, que tornou a cidade referência no Brasil na prevenção de desastres, vai agora contar um aplicativo inédito, que será desenvolvido pelo IFSP com os alunos da nossa rede municipal”, explica o Secretário de Segurança Pública Wander Vieira.
O Programa Wash
O Programa WASH – Workshop Aficionados em Software e Hardware, foi idealizado pelo pesquisador Dr. Victor Pellegrini Mammana. ´Trata-se de uma atividade educacional, no âmbito da escola básica, de promoção do “Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics” (STEAM). Em sua fase inicial, foi implantado no CTI Renato Archer, unidade de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC, no período de 2013 a 2018, que abriu o CTI, aos sábados, à comunidade e agregou multiprofissionais e voluntários. O Programa se valeu de conceitos advindos de diversas origens, experiências e estudos, consolidando-se como uma proposta colaborativa. O objetivo é propiciar oportunidades de vivência aos educandos (crianças e adolescentes), protagonistas do WASH, da rede pública de ensino, com o método científico, as metodologias ativas e STEAM, incentivando inovação e criatividade no processo ensino-aprendizagem. O WASH estimula a disseminação e popularização da ciência em larga escala, ao realizar oficinas no contraturno escolar; estabelece a ponte entre os centros de excelência, representados pelos Institutos Federais, Universidades e unidades de pesquisa com as escolas públicas, integrando as redes de educação no território. Conforme Documento de Referência constante na Portaria nº 178/2018/SEI-CTI, as vivências se constituem em espaços de interação humana entre os educandos, bolsistas de iniciação científica (CNPq)/monitores e multiplicadores de oficinas, equipe de coordenação, orientadores, professores, gestores públicos, representantes da comunidade e voluntários. Nas oficinas, os bolsistas devem atuar como agentes multiplicadores dos conhecimentos adquiridos. As oficinas envolvem a ferramenta Scratch, criada pelo grupo Lifelong Kindergarten no Media Lab do MIT – Massachusetts Institute of Technology, mas não se restringem a isso, cabendo a cada entidade promotora especificar as atividades a serem realizadas. A única exigência é que as atividades devem ocorrer sob a égide do método científico. O desafio de tornar o WASH um programa de alcance nacional tem se concretizado com o financiamento das bolsas de pesquisa que são oriundos do Tesouro Nacional, por meio de emendas parlamentares.
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