Ah, como é bom poder caminhar pelas bucólicas ruas do centrinho de Vila Capivari sem a preocupação de desviar da multidão que superlota Campos do Jordão na alta temporada. O congestionamento de pessoas nas estreitas calçadas da avenida Macedo Soares já não existe mais. É o momento ideal para conhecer com calma os restaurantes alí localizados, um dos principais endereços do pomposo roteiro gastronômico da estância. As filas de espera desapareceram e o atendimento torna-se personalizado.
O calçadão, agora, é todo seu. Com menos turistas, o passeio por entre as lojas, cafeterias e chocolaterias fica ainda mais intimista, com chance de observar cada detalhe da arquitetura europeia que decora um dos cenários mais fotografados pelos visitantes. Assim, sem aquele burburinho todo, fica fácil escolher o ângulo ideal para o festival de selfies.
E o trânsito? Na rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro não há mais filas indianas na descida da serra. As avenidas Januário Miráglia e Emílio Ribas, que se transformavam em verdadeiros estacionamentos desde o portal até Capivari, estão fluindo novamente. Em poucos minutos é possível cruzar a cidade, ida e volta, sem ficar com dor no pé de tanto pisar no freio. Além das principais vias livres, as vagas de estacionamento também estão mais fáceis de encontrar. Até o mês passado, ao chegar em Capivari, só mesmo com muita paciência e sorte para conseguir parar o carro.
Clima hibernal continua!
Se a massa foi embora, o frio ainda não! Afinal, o inverno termina só no dia 23 de setembro. Até lá, as baixas temperaturas estão garantidas, e com menos gente nas ruas, até o clima típico da estação parece ganhar mais espaço. Como é gostoso sentir esse friozinho que há décadas faz da “Suíça brasileira” o principal destino do país nos meses hibernais. Os campos de altitude, muito comuns na serra da Mantiqueira, e as Araucárias centenárias que emolduram a paisagem permanecem com tonalidades e cores só vistas nesta época do ano. Com pouco movimento, a natureza parece existir exclusivamente para você! Por onde quer que se olhe, o verde predominante retribui a sua visita com imagens inesquecíveis. Mesmo que esqueça a máquina fotográfica, certamente o cenário ficará gravado na sua memória.
Na primeira quinzena de julho, quase que diariamente a geada tingiu de branco as praças e jardins. Um espetáculo natural que ainda pode surpreender os turistas, especialmente aqueles que costumam acordar bem cedo, antes mesmo do nascer do sol. Em agosto as temperaturas continuam despencando gradativamente e as chances de encontrar a cidade coberta por uma fina camada de gelo são reais! Acompanhe a previsão do tempo e escolha a melhor data para apreciar este show que é de graça!
Temporada dos descontos em Campos do Jordão
Com o fim das férias, a rede hoteleira de Campos do Jordão torna-se um sonho alcançável, eu diria até fácil de realizar. São aproximadamente 14 mil leitos distribuídos em 280 hotéis e pousadas que oferecem serviços cinco estrelas, independentemente do padrão de hospedagem. A partir de agosto entra em vigor lei da procura e da oferta. Com menos assédio dos turistas, os preços ficam muito mais convidativos.
Assim como os termômetros continuam caindo, as diárias também estão mais baixas. Alguns hotéis chegam a cobrar cerca de 30% a menos em comparação com o mês de julho. No Toriba, por exemplo, um dos mais tradicionais da cidade, a partir de setembro um fim de semana para casal passa a custar R$ 2.100 reais, incluindo café da manhã, sauna, piscina, academia, trilhas para caminhada e ingressos para a Fazendinha Toriba, que reproduz na serra da Mantiqueira o dia a dia da vida no campo. Se a reserva for feita durante a semana, aí o valor fica ainda mais em conta, cái para R$ 630 reais com os mesmos benefícios. Somente de jardim são 60 mil metros quadrados. E no Terraço Panorama, a dica é assistir ao pôr do sol degustando o chá da tarde, uma das marcas registradas do lugar.
Outro hotel referência em Campos do Jordão que baixou em 30% as diárias é o Vila Inglesa. Em agosto, hospedar-se no prédio construído na década de 1950 no estilo enxaimel custa a partir de R$ 996 reais. Esse preço é válido para duas pessoas, de segunda a sexta-feira e inclui pensão completa. Finais de semana, o valor é R$ 2.274 reais, com café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. No pacote também estão momentos de relaxamento no Bar da Torre, onde todo sábado apresentações de Jazz e MPB deixam o espaço ainda mais acolhedor.
Se é mais fácil conseguir lugar para ficar, as vitrines das badaladas lojas de Capivari também estão bem mais atraentes. Sabe aquele namoro com as roupas expostas nos manequins? Agora, finalmente, pode terminar em casamento. Alguns estabelecimentos oferecem descontos de 40% em peças selecionadas. E os restaurantes, seguem a mesma linha. As rodadas de fondue, massas e pratos característicos da montanha também são degustados com preços que não causam indigestão. Assim, os comerciantes fidelizam os clientes nas quatro estações do ano. São estratégias para manter o movimento aquecido em um período onde a tranquilidade impera na cidade.
Paraíso da tranquilidade
Campos do Jordão, em julho, paga o preço da sua fama. Na metade do século passado, a cidade se destacava como estância climática para tratamento da Tuberculose. O período sanatorial expôs as belezas naturais do alto da serra e despertou a vocação para o Turismo, que explodiu a partir da década de 1980. Desde então aqui tem sido refúgio dos paulistas, cariocas, mineiros e brasileiros de todo o país.
Mas a chamada “Suíça brasileira” não se resume apenas ao período de férias de inverno. A boa notícia é que o ano inteiro a cidade permanece linda. E quando a temporada acaba, a tranquilidade ganha destaque outra vez. A sinfonia dos pássaros silvestres pode ser ouvida até mesmo nas regiões centrais, em parques e praças. A vida urbana interfere pouco, uma convivência harmônica com o ecossistema, o maior patrimônio e principal atrativo.
Por isso, este é o momento de você redescobrir Campos do Jordão!
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