Uma semana após contarmos do azeite da Serra da Mantiqueira que se destacou num concurso na Itália, chegou a vez do Brasil brilhar no cenário internacional do queijo.
Foi durante o ‘6º Mondial du Fromage et des Produits Laitiers Tours’ (Mundial de Queijos e Produtos Lácteos de Tours), realizado na França, de 10 a 12 de setembro. O evento, que acontece a cada dois anos, reúne os principais produtores e apreciadores de queijos do mundo no Vale do Loire.
A delegação brasileira, que representa uma crescente revolução queijeira no país, conquistou impressionantes 81 medalhas, incluindo 17 medalhas de ouro. O destaque brasileiro ficou evidente ao competir com 900 participantes de todo o mundo. Os representantes do Brasil apresentaram uma variada gama de 288 tipos de queijos, provenientes de diferentes estados, como Minas Gerais, Bahia, Pará, Ceará, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
Confira os queijos da região premiados no concurso:
Caprinus do Lago
Produtor: Capril do Lago, de Valença (RJ). A marca foi criada por Fabrício Vieira em 2020, durante a pandemia. O caprinus é um queijo de massa cozida e prensada, que usa como matéria prima o leite de cabras de criação própria.
Santa Brigite Silvânia e Valoro Silvânia
Produtor: Estância Silvânia, Caçapava (SP), com duas medalhas de ouro. Produz leite de vacas da raça gir, originada na Índia, há cerca de 60 anos. O trabalho do pecuarista Eduardo Falcão de Carvalho é referência em genética animal.
Queijo Azul da Mantiqueira
Produtor: Laticínios Paiolzinho, Cruzília (MG). O produtor de leite Anderson Maciel, que dirige o laticínio e que processa também o leite de outros produtores da serra da Mantiqueira, mantém receitas dos primeiros queijeiros dinamarqueses da região, como o modo de maturação e de fabricação.
Queijo GOA #14
Produtor: Fazenda da Lage, de Aiuruoca (MG). Os produtores Guilherme Maciel, Caroline Nery e Jeferson Arantes criam gado das raças girolandas e holandesas nas montanhas da serra da Mantiqueira. O queijo premiado é feito de leite cru e massa semi-cozida.
Alecrim
Produtor: Queijaria Santa Vitória, de Queluz (SP). Os produtores do Vale do Paraíba criam vacas das raças jersey e girolando e abriram a queijaria em 2022 como parte de um complexo destinado a experiências gastronômicas e turísticas na propriedade. O queijo premiado é maturado por 30 dias e a erva alecrim cobre toda a sua casca.