A empresa privada responsável pelo projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Rio de Janeiro e São Paulo anunciou avanços significativos. A “Estação Rio de Janeiro” já foi definida, e o processo de licenciamento ambiental está em andamento junto ao governo federal. A conclusão do projeto básico está prevista para os próximos três anos.
Bernardo Figueiredo, CEO da TAV Brasil, compartilhou as atualizações durante o Seminário LIDE Transportes e Mobilidade, que reuniu líderes e gestores do setor.
Entre os principais progressos está a obtenção das licenças ambientais. A TAV Brasil já iniciou o processo com o IBAMA, que analisará a documentação necessária. Este procedimento é similar ao usado para novas linhas ferroviárias em São Paulo, exigindo a apresentação de um EIA/RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental). A avaliação é realizada pelo governo federal devido à magnitude do projeto.
Outro avanço significativo é o processo de Declaração de Utilidade Pública (DUP) das áreas destinadas ao TAV. O foco atual está nos pontos principais do traçado do trem.
A “Estação Rio de Janeiro” foi definida, com discussões em andamento com a prefeitura do Rio de Janeiro. Embora o local exato ainda não tenha sido divulgado, a estação Barão de Mauá (Leopoldina) é a principal candidata para abrigar o trem expresso.
Em São Paulo, as negociações para a estação de alta velocidade estão em fase avançada com a prefeitura local. Uma das propostas considera o uso da faixa de domínio do Rodoanel Norte, anteriormente planejada para o projeto do ferroanel. Esta questão será discutida com o governo estadual.
Simultaneamente, a TAV está firmando parcerias com construtoras, operadoras e fornecedores de equipamentos, com o objetivo de obter a Licença Prévia e finalizar os projetos básicos até 2027.
O projeto do TAV entre Rio e São Paulo é um dos maiores empreendimentos sustentáveis do mundo, com o potencial de transformar a mobilidade entre as duas capitais mais importantes do Brasil.
