Mas que ano difícil foi 2022, foi um ano que testou a exaustão a perseverança de cada um de nós, foi um ano que levou as emoções e os sentimentos ao limite.
Certamente foi um ano menos trágico que 2021 e suas centenas de milhares de mortes devido a pandemia, mas ainda assim me flagro pensando: Que ano difícil!
Neste ano nós continuamos convivendo com a covid19, com mortes aqui e também no exterior, ainda convivemos com “a sobra” do vírus. Mas há esperança para 2023!
Para além da pandemia, passamos momentos difíceis no país. Temos de volta a fome no Brasil, milhões se encontram novamente em pobreza extrema e sem ter renda suficiente para sequer fazer 3 refeições diárias. Isso é uma parte especialmente triste. Mas há esperança para 2023!
Em 2022 tivemos que conviver com um embate político sem precedentes no país. Quem acreditaria que numa das mais bem consolidadas democracias do mundo que é o Brasil, se ouviria falar em terrorismo interno? Tentativa de invasão a sede da Polícia Federal, bomba em caminhão de combustível de aviação… Isso era impensável no Brasil até pouquíssimo tempo atrás. Quantas boas amizades desfeitas, quantas famílias rachadas, quantas ofensas ditas sem nenhuma razão que justificasse! Mas há esperança para 2023!
Havia uma chance para 2022! O Brasil poderia ganhar a copa do mundo e teríamos auto estima elevada! Mas não foi dessa vez. Este ano insistiu e ser difícil ao limite. Não levamos a copa que foi para a Argentina. E quem diria! Nós brasileiros até comemoramos o título dos nossos vizinhos! Mas há esperança para 2023!
E as perdas? Como perdemos gente boa! Elza Soares, Gal Costa, Arnaldo Jabor, Jô Soares, Erasmo Carlos, Pedro Paulo Rangel e para além das fronteiras até a Rainha Elizabeth (havia quem apostasse que ela jamais morreria). Mas há esperança para 2023!
E como se não fosse o suficiente, perdemos o “Rei do Futebol”, aquele que encheu nossas almas e corações de orgulho, aquele que levou verdadeiramente o nome e o jeito do Brasil pelo mundo. Não que outros já não tenham feito isso também, mas Pelé fez com maestria. Aliás perdemos o Edson, o Pelé de fato é eterno. Mas há esperança para 2023!
Gosto de enxergar o início de um novo ano como uma nova oportunidade, uma chance de nós, enquanto humanidade, fazermos mais e melhor, a oportunidade de ouro para nos desculparmos pelas ofensas, pelas colocações mal avaliadas. O momento ideal para olharmos para o futuro com os melhores olhos possíveis e tentar enxergar de que maneira podemos contribuir verdadeiramente para o próximo.
Nós não conseguiríamos retomar aqueles que perdemos, mas certamente podemos criar novos ídolos sensacionais, especialmente num país tão rico de pessoas como é o Brasil.
