Concessionária gera controvérsias ao cobrar estacionamento de moradores no Horto Florestal de Campos do Jordão

Questionada sobre a realização de um estudo para embasar a decisão de cobrar estacionamento dos moradores locais, a concessionária não soube informar.

A atmosfera serena e os ares puros do Horto Florestal de Campos do Jordão, um dos atrativos turísticos mais adorados da região, estão enfrentando uma mudança que deixou muitos moradores locais perplexos. A partir do último dia 9 de agosto deste ano, a URBANES, concessionária responsável pelo parque, anunciou que não mais isentará os moradores de Campos do Jordão da taxa de estacionamento. Essa decisão, que foi comunicada pelas redes sociais, visa gerar um impacto financeiro positivo para o parque, mas tem gerado na verdade controvérsia e insatisfação entre os residentes da cidade.

Tradicionalmente, os moradores de Campos do Jordão desfrutaram da vantagem de não pagar pela estadia de seus veículos nos estacionamentos do Horto Florestal. A medida era vista como uma maneira de incentivar a participação local nas atrações turísticas da cidade, promovendo um senso de pertencimento e colaboração entre a comunidade e os visitantes de outras cidades. No entanto, essa prática foi oficialmente encerrada recentemente, gerando descontentamento generalizado e levando até mesmo a manifestações contrárias por parte do vereador Gustavo Maximino e do Vice Prefeito Caê.

Ao ser procurada pela reportagem do Guiacampos.com, a URBANES enviou nota oficial, alegando que sob a ótica da companhia, a implementação da taxa de estacionamento para moradores era uma medida justa e necessária. A concessionária destacou os investimentos já realizados e os planos para futuros aprimoramentos do parque como justificativas para a cobrança. A escassez de vagas de estacionamento também foi mencionada como um fator determinante para essa decisão.

Concessionária não soube informar se houve estudo para tomada de decisão

Quando indagada sobre o percentual de jordanenses que frequentam regularmente o Horto Florestal e qual seria o impacto financeiro esperado da medida, a URBANES pareceu não estar pronta para fornecer respostas concretas. A empresa alegou não possuir essas informações no momento. Questionada sobre a realização de um estudo detalhado para embasar a decisão de cobrar estacionamento dos moradores locais, a concessionária continuou sem saber informar se tal estudo havia sido realizado.

Essa lacuna de informações alimenta a especulação e o descontentamento entre os moradores de Campos do Jordão, que agora buscam entender melhor os motivos por trás da mudança de política. A falta de dados específicos sobre o impacto financeiro da decisão levanta questionamentos sobre a necessidade da cobrança e se esta é realmente uma medida essencial para a saúde financeira do parque.

“O que está em risco não é uma realidade financeira, mas a perda de engajamento da população local” diz presidente do COMTUR

Para Sidney Isidro, Presidente do Conselho Municipal de Turismo, “…a medida é no mínimo questionável. Muito mais por conta da tradição que já existe. O que está em risco não é uma realidade financeira, mas a perda de engajamento da população local”

Enquanto a comunidade local e os frequentadores do Horto Florestal tentam decifrar os possíveis efeitos dessa decisão em suas rotinas e nas finanças do parque, fica evidente a importância de uma comunicação transparente e aberta entre a URBANES e os moradores de Campos do Jordão. A complexa interação entre as questões financeiras e comunitárias ressalta a necessidade de um equilíbrio delicado entre a busca de sustentabilidade financeira e a preservação dos laços comunitários. Enquanto a cidade segue se adaptando a essa nova realidade, o futuro do Horto Florestal e seu relacionamento com os jordanenses fica em risco.

Guardiões dos direitos infantojuvenis: Saiba quem são os Candidatos a Conselheiro Tutelar

Pinda lidera pacto global de cidade antirracista