Dois anos após concessão, horto florestal tem novas atrações e áreas restauradas

Parceria com a iniciativa privada foi a primeira do pacote estadual que visa fomentar o ecoturismo e desonerar o Estado

 

foto: Arquiteto Rafael Melo

 

A área pública do Parque Estadual Campos do Jordão, conhecido como Horto Florestal, concedida há dois anos, passou melhorias estruturais, reformas dos espaços para visitantes e bateu recorde de visitação em julho de 2019, três meses após a concessionária assumir o espaço, em abril do mesmo ano, ao registrar mais de 30 mil visitantes no mês.

 

É importante ressaltar que, neste momento, em razão das medidas de prevenção e combate à Covid-19, o parque está fechado ao público.

 

Para receber os visitantes futuramente e aprimorar as atrações do parque, os espaços das atividades de ecoturismo estão passando por readequações. Está em andamento, por exemplo, a restauração de antigas casas existentes na área de uso público para acomodação dos turistas que buscam ter uma experiência de pernoite em uma unidade de conservação. As edificações, além de receberem um novo e aconchegante layout, estão sendo projetadas para o acesso dos hóspedes aos jardins do entorno das residências, que serão revitalizados com mudas de espécies nativas.

 

“Estes dois anos de concessão reafirmam o potencial de exploração do ecoturismo em Campos do Jordão. A parceria com a iniciativa privada já trouxe novas atividades e melhorias significativas em pontos históricos para o lazer e cultura, atraindo mais visitantes”, afirmou o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.

 

Investimentos

 

Atualmente está em andamento a restauração de uma das casas de madeira que serviam antigamente como moradia para funcionários que atuavam na pesquisa madeireira da região. A previsão é de que o espaço esteja pronto já no primeiro semestre deste ano para funcionamento de um novo ponto gastronômico.

 

Já a revitalização da “Serraria do Parque”, patrimônio histórico cultural e que era item obrigatório no contrato dentro dos primeiros 24 meses da concessão, já foi concluída. O local se tornará um museu que vai contar como era feita a exploração da madeira antigamente.

 

A Urbanes Empreendimentos, que é a concessionária responsável pela área de uso público do parque, inicialmente fez manutenções gerais, como a instalação de lixeiras seletivas, implantação de reservatório de água com capacidade para 10 mil litros, melhorias na sinalização, reforma da ducha da Juventude, restauro dos banheiros, entre outros.

 

Em uma segunda etapa, a concessionária revitalizou o Centro de Visitantes, Loja de Souvenirs e Centro de Exposições; instalou pontes em arco, corrimãos e guarda-corpos no entorno dos lagos; reestruturou os acessos e os estacionamentos; realizou a requalificação da Chocolateira/cafeteira; e fez a reforma e pintura da bilheteria de ingressos do passeio de trenzinho. Além da venda online dos ingressos, iniciou um plano de comunicação.

 

Já na terceira fase do primeiro ano de contrato, novos atrativos foram implantados, como a construção do Restaurante Popular “Prato da Floresta”. Houve a inclusão de atividades de lazer; manutenção e instalação de novos bancos e quiosque próximos da área infantil; reforma da Casa da Floresta Sede Administrativa Urbanes; e disponibilização de trailers de alimentação em outras áreas do Parque.

 

Durante o segundo ano de concessão, a empresa realizou obras de drenagem e recuperação das vias centrais; construção de nova ponte de acesso; e a ampliação da infraestrutura de apoio com pergolados na área principal. Também houve a substituição da rede elétrica e implementação de passeio de pedalinho.

 

A concessionária ainda acrescentará novas atividades de ecoturismo; implantará rampas e caminhos acessíveis; construirá um terceiro restaurante; e revitalizará os viveiros de mudas da capela e das trilhas.

 

A Urbanes está realizando também melhorias na estrada de chão de acesso principal ao parque em parceria com a prefeitura da cidade.

 

Sobre o Horto Florestal

 

O Horto Florestal possui área de 8.341 hectares, dos quais 473,15 hectares (5,6%) fazem parte da concessão. O parque abriga vegetação remanescente da Mata Atlântica, 186 espécies de aves catalogadas e animais ameaçados de extinção, como onça parda, jaguatirica e papagaio de peito roxo.

 

O prazo de concessão com a Urbanes Empreendimentos é de 20 anos. Os investimentos mínimos obrigatórios são de R$ 8,3 milhões nos encargos e atividades de gestão, infraestrutura, visitação/turismo e desenvolvimento local.

 

Concessões

 

Além do Parque Estadual Campos do Jordão, o Zoológico de São Paulo, Zoo Safari e Jardim Botânico foram leiloados em fevereiro com ágio de 142%. Em março ocorreu a assinatura de concessão do Caminhos do Mar, localizado no Parque Estadual Caminhos do Mar, com proposta de R$ 4 milhões, representando um ágio de 216%.

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