O corpo humano é uma máquina complexa que busca manter uma temperatura ideal para realizar suas atividades diárias. Quando enfrenta temperaturas muito quentes, o corpo reage de diversas maneiras para tentar regular sua temperatura interna.
Em situações de calor intenso, o corpo responde com uma vasodilatação, ou seja, a dilatação das artérias, na tentativa de dissipar o excesso de calor. Isso leva a um aumento do fluxo sanguíneo para a pele e ao processo de transpiração. A transpiração é uma das principais formas que o corpo tem para equilibrar sua temperatura.
Com a vasodilatação, mais sangue é direcionado para a pele. Se não consumirmos mais água para compensar a perda pela transpiração, a quantidade de sangue por unidade de espaço arterial diminui, o que pode resultar em uma queda na pressão arterial e, em casos mais graves, levar à desidratação.
A falta de água no organismo pode deixar a pessoa indisposta e afetar principalmente o coração. Para compensar a desidratação e a diminuição do volume de sangue circulante, o coração aumenta sua frequência cardíaca, tentando enviar mais sangue para todo o corpo.
Isso significa que pessoas com problemas cardíacos, de circulação sanguínea e respiratórios podem ter maior dificuldade em lidar com a falta de água no organismo. A qualidade da respiração, por exemplo, impacta diretamente na frequência cardíaca, na pressão arterial e no funcionamento das células do corpo.
Diabéticos de longa data também podem ter dificuldades em regular sua pressão arterial quando desidratados.
Vulnerabilidade dos idosos e crianças
Os idosos são mais susceptíveis aos efeitos do calor devido a algumas características naturais. Eles normalmente têm menos água corporal, sentem menos sede e transpiram menos, o que reduz a capacidade de seus corpos para regular a pressão arterial e a temperatura interna.
Idosos frequentemente relatam sentir-se como se estivessem “cozinhando por dentro” em dias quentes, um fenômeno conhecido como “intermação”. Isso ocorre quando o corpo aquece e tem dificuldade em dissipar o calor, levando a um aumento perigoso da temperatura corporal, não causado por febre, mas devido à incapacidade do corpo de regular sua temperatura.
As crianças também são mais suscetíveis ao calor extremo e às queimaduras solares. A exposição direta ao sol entre o meio-dia e as 15h é mais prejudicial devido à maior incidência de raios UV danosos à pele. Crianças expostas a esses raios podem sofrer queimaduras solares graves, incluindo queimaduras de segundo grau.
Cuidados Necessários
Para proteger sua saúde do calor extremo, é crucial manter-se hidratado. Beber água regularmente é a ferramenta mais eficaz para prevenir os efeitos negativos do calor.
Além disso, é importante evitar exposição prolongada ao sol e permanecer em locais muito quentes e fechados. Ventiladores e ar condicionado podem ajudar a manter a temperatura ambiente confortável.
Evite atividades físicas e exposição ao sol entre as 10h e as 16h, pois esse é o período mais quente do dia. Se você toma medicamentos para a circulação ou problemas cardíacos, consulte um médico para ajustar as doses, a fim de evitar quedas na pressão arterial.
Use roupas leves e protetor solar, especialmente se sua pele é clara. Ao realizar atividades físicas, opte por atividades de baixo impacto e, se possível, faça-as à sombra. Não se esqueça de beber bastante água durante os intervalos.
Quanto à alimentação, prefira refeições leves e ricas em frutas e legumes. Evite o consumo de álcool, pois ele pode causar desidratação. Com esses cuidados, você pode desfrutar de dias quentes com mais segurança e conforto.
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