R$ 418 milhões deixaram de entrar na economia de Campos do Jordão com a quarentena

Está na reabertura do turismo a esperança de salvar empregos e empresas.

Já é de conhecimento geral que o setor de turismo está entre os mais prejudicados com a crise da Covid-19, o que atinge em cheio a base da economia de Campos do Jordão, cidade totalmente dependente do turismo. Ações rápidas e assertivas são necessárias e importantes para preservar empregos das pessoas.

O impacto causado devido a paralisação da economia da cidade no alto da Mantiqueira, desde o decreto municipal de 19 de março, poderá ser ainda mais danoso que o impacto causado na saúde do município pelo novo coronavírus, inclusive em mortes que poderão a vir ocorrer pelo empobrecimento ainda maior de uma população já empobrecida.

Tabela Observatório do Turismo - Clique para ver o relatório na íntegra
Tabela Observatório do Turismo – Clique para ver o relatório na íntegra

Segundo o dados do relatório 2018 do Observatório do Turismo, produzido pela Secretaria de Turismo de Campos do Jordão, a cidade que conta com 240 estabelecimentos de hospedagem, sem considerar casas de veraneio e de aluguel, recebeu em 2018, nos meses de março (parcial), abril e maio, 957 mil visitantes, o que nos indica a possibilidade de um número ainda maior em 2020, já que a cidade vinha numa linha ascendente.

Em valores financeiros, chegam a centenas de milhões de reais. Levando em consideração o ticket médio de gasto diário de um turista de eventos, já que o relatório não apresenta o valor para o turista de lazer, o montante estimado que deixou de entrar na economia do município é de R$ 391 milhões, que se relacionarmos com a população, daria a bagatela de R$ 7,8 mil per capita. Sim! Se você é um morador de Campos do Jordão, é este o valor relativo que caberia a você!

Acesse aqui o documento: Relatório Observatório do Turismo 2018

O impacto social em Campos do Jordão

Segundo sindicato da área gastronômica, 4 mil trabalhadores já perderam seus empregos. Só nos primeiros 15 dias de maio, foram 285 processos de entrada com pedido de seguro desemprego segundo Ministério da Economia, e não levamos em consideração os trabalhadores que não tem direito ao benefício como, por exemplo, os que estão a menos de 1 ano na função. Os informais, folguistas e extras, esses últimos muito contratados nesse período do ano, também não estão contabilizados nestes números.

Outro fator a se levar em consideração são os empregos temporários, com a subtração dos feriados de páscoa, tiradentes e dia do trabalho milhares de trabalhadores deixaram de ocupar vagas de emprego temporário.

A esperança que está na temporada. Só para “dar um respiro”!

Está na reabertura do turismo a esperança de minimizar as perdas de empresários e trabalhadores, já que não é mais possível recuperar o prejuízo passado.

Com baixo número de casos e somente uma morte por Covid-19 na cidade, está nas mãos do poder público, mais especificamente do Prefeito Fred Guidoni, a possibilidade de minimizar as perdas e conseguir salvar os empregos e empresas que resistiram até agora.

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