O “cliente do meu cliente” e o tempo que é rei!

Faz pouco mais de 1 ano, era 3 de outubro de 2022, acabara de ser eleito o novo presidente do Brasil e eu recebo em meu escritório uma ligação. Era um cliente, empresário local, desses que na verdade é um trabalhador que ao invés de ter carteira de trabalho, carrega consigo um CNPJ. E não há nenhum problema nisso!

Revoltado, o empresário dizia que queria cancelar o contrato de publicidade que havia celebrado conosco, pois um importante cliente dele, o “cliente do meu cliente” que dá nome a este artigo, menos de 24 horas após serem proclamados os resultados das eleições, havia desistido de investir no Brasil. O tal “cliente do meu cliente”, desistiu de abrir 10 hotéis no país pois “não ficou satisfeito com o resultado das eleições”.

O “cliente do cliente” na verdade, estava insatisfeito com a soberania do povo brasileiro, e nem sei se um empreendedor que pensa assim é bem vindo no país que deve fechar o ano de 2023 tendo movimentado R$ 83 bilhões no setor de turismo.

Vale olhar alguns números para justificar a segunda parte do título deste artigo, “…o tempo é rei”, como disse Gilberto Gil. Agora, passado o tempo, meu cliente e o cliente dele, poderão saber que segundo o IBGE, o setor de turismo segue em alta no país com índices superiores aos registrados antes da pandemia de covid-19. Os dados mostram ainda um maior fluxo no aluguel de veículos, nos restaurantes e nos serviços de hospedagem. As empresas aéreas investem em alternativas para impulsionar o setor como o stopover por exemplo.

Querido ex-cliente, eu entendo sua insatisfação e a sua atitude após constatar o resultado das eleições 2022, e entendo que após tomar chuva, bater continência para pneus e pedir socorro para extraterrestres, a sua mente deva ter ficado um pouco confusa. É bastante compreensível, já que naquele momento você enfrentava um terrível abalo emocional e espero eu, já tenha superado!

O seu suposto investidor que desistiu de abrir 10 novos hotéis no Brasil, frustrando seus planos de negócio para o ano de 2023, me parece que cometeu um erro crasso, inadmissível para um empresário do porte que imagino que ele tenha.

Recentemente, um outro cliente, este mais preocupado com seus próprios negócios e muitos compromissos com a comunidade, do que bater continência para pneus e pedir socorro para extraterrestres me confidenciou sua disposição e reserva financeira para investimento em Campos do Jordão. Nos próximos 18 meses são algumas dezenas de milhões de reais.

E o tempo continua correndo…

 

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